Defesa de Carlos Eduardo Padilha argumentou que tinha um julgamento importante no Superior Tribunal de Justiça, em Brasília, na mesma data e solicitou a remarcação

RODOLFO BUHRER/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDOFachada da Lojas Americanas vista de lado
Pedido de recuperação judicial da Lojas Americanas foi aceito pela Justiça do Rio de Janeiro

O ex-diretor financeiro do Grupo Americanas, Carlos Eduardo Padilha, não compareceu à sede da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para prestar esclarecimentos. A oitiva estava marcada para 16 de março. A defesa de Padilha argumentou que ele tinha um julgamento no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, na mesma data e solicitou a remarcação. O ex-diretor ocupou a área financeira da rede varejista por cerca de três anos, mas deixou a empresa entre 2020 e 2021. A crise das Americanas eclodiu neste começo de 2023 após a empresa informar uma inconsistência contábil da ordem de R$ 20 bilhões, o que levou o grupo a um pedido de recuperação judicial na Justiça do Rio de Janeiro. À Jovem Pan News, o advogado de Padilha, Bruno Calfat, afirmou que o executivo está totalmente à disposição da CVM ou de qualquer outra autoridade para prestar esclarecimentos quando for necessário. Segundo ele, a comissão informou que marcará uma nova data.

As dívidas do grupo varejista somam mais de R$ 50 bilhões, com um total de aproximadamente 9,5 mil credores. O plano de recuperação judicial apresentado pela Americanas ao Poder Judiciário fluminense prevê um aporte de R$ 10 bilhões como uma das medidas para enfrentar esta crise. Uma força-tarefa foi montada pelo CVM, Polícia Federal, Ministério Público Federal e outros órgãos para investigar o caso. Os ex-presidentes do grupo, Sergio Rial e Miguel Gutierrez, já foram devidamente interrogados pelo presidente da CVM.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga