O valor do auxílio emergencial 2021, conforme estudos do governo, deverá variar com base no perfil dos beneficiários. Entenda os detalhes em nossa matéria.

Auxílio emergencial 2021: VALOR deve variar entre R$ 175 e R$ 375: a foto mostra o aplicativo do auxílio emergencial

A previsão é de a prorrogação contemple quatro parcelas entre os meses de março e junho de 2021. – Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

De acordo com Paulo Guedes, o governo vai implementar faixas distintas de valores para as novas parcelas do auxílio emergencial 2021. O ministro da Economia disse que os pagamentos mensais serão de R$ 250 para os cidadãos atendidos pelo programa. No entanto, os repasses pode ser maiores para as mulheres chefes de família (R$ 375) e menores para quem more sozinho (R$ 175).

“Esse é um valor médio [R$ 250], porque, se for uma família monoparental, dirigida por uma mulher, aí já é R$ 375. Se tiver um homem sozinho, já é R$ 175. Se for o casal, os dois, ai já são R$ 250. Isso é o Ministério da Cidadania, nós só fornecemos os parâmetros básicos, mas a decisão da amplitude é com o Ministério da Cidadania”, explicou Guedes nesta segunda-feira (08/03), no Palácio do Planalto.

O valor do auxílio emergencial 2021, então, vai depender das composições familiares dos beneficiários. Além do mais, os critérios para o recebimento provavelmente vão continuar sendo os mesmos: famílias com renda per capita de até meio salário mínimo e ganhos totais (somatório dos membros) de até três salários mínimos. A previsão do governo e do Congresso é de que a prorrogação contemple quatro parcelas entre os meses de março e junho de 2021.

Valor do auxílio emergencial varia de caso a caso

Ao contrário do que aconteceu em 2020, a nova rodada do auxílio emergencial deve limitar um benefício mensal por família, sem possibilidade de acumulação. Vale lembrar que, no ano passado, o governo permitiu que duas pessoas da mesma família recebessem as parcelas. Agora, o governo quer apenas conceder um pagamento por mês.

Confira as variações de valores para os beneficiários do programa:

  • Parcelas do auxílio emergencial de até R$ 175: pessoas economicamente vulneráveis, desde que não tenham filhos e dependentes;
  • Parcelas de até R$ 375: para as mulheres chefes de família. Em 2020, esse público recebeu cotas dobradas do benefício, ou seja, R$ 1.200 nos primeiros meses e R$ 600 nas parcelas residuais;
  • Parcelas médias de R$ 250: para os demais beneficiários do programa.

A PEC, que consta as novas parcelas do auxílio emergencial 2021, foi aprovada pelo Senado. Ela já está sendo analisada na Câmara dos Deputados e seguirá para votações em segundo turno. Ao que tudo indica, a intenção é de que o texto seja aprovado nesta quinta-feira, dia 11 de março de 2021. 

O ministro Paulo Guedes disse que, para “reduzir a pobreza e a miséria no Brasil”, é importante implementar recursos para as famílias mais pobres. “Se nós quisermos reduzir a pobreza e a miséria no Brasil, você tem que dar o dinheiro direto para os mais desfavorecidos. (…) Agora, o auxílio emergencial acabou seguindo também uma linha semelhante que é botar o dinheiro onde está o mais pobre e não nos intermediários”, afirmou.

Histórico de mudanças no valor do auxílio emergencial

Desde o início do programa, o propósito era de liberar três parcelas de R$ 600 para os brasileiros de baixa renda. O presidente Jair Bolsonaro, após pressão popular e dos congressistas, acabou prorrogando o auxílio emergencial em mais dois pagamentos (quarta e quinta parcelas de 2020).

Na época, estudos foram feitos para que os depósitos continuassem acontecendo até dezembro do ano passado. O governo federal tinha a intenção de reduzir o valor das novas parcelas residuais. Em agosto de 2020, o chefe do Executivo voltou a destacar que os repasses de R$ 600 pesavam para os cofres públicos do país.

Para que o valor pudesse ser reduzido por meio de medida provisória, o Congresso deveria autorizar a alteração no benefício. “Hoje, eu tomei café com o Rodrigo Maia [antigo presidente da Câmara dos Deputados] no Alvorada. Também tratamos desse assunto do auxílio emergencial. Os R$ 600 pesam muito para a União. Isso não é dinheiro do povo, porque não tá guardado, isso é endividamento”, disse na época. Após deliberações, o auxílio foi prorrogado até dezembro de 2020, com valor reduzido de R$ 300.

Ao menos 66,4 milhões de pessoas, até então, já foram atendidas pelo programa. Em 2021, o benefício poderá ser novamente renovado devido às crises que continuam assolando os brasileiros economicamente vulneráveis. A proposta atual é de conceder pelo menos quatro novas parcelas, com valores entre R$ 175 e R$ 375.

Saiba como consultar o saldo do auxílio emergencial

Como o governo provavelmente não vai liberar novas inscrições em 2021, os beneficiários apenas poderão consultar os saldos de seus pagamentos. A Dataprev criou uma página específica para isso. Ela funciona desde o início do programa auxílio emergencial.

Veja como consultar o saldo do auxílio emergencial:

  1. Acesse a página da Dataprev;
  2. Informe os dados solicitados, como CPF, nome completo do beneficiário, data de nascimento e nome da mãe;
  3. Feito isso, clique em “Enviar” e espere a página carregar. Por meio dela, será possível conferir o saldo do auxílio emergencial. O mesmo procedimento poderá ser feito para a consulta das novas parcelas de 2021, que deverão ser aprovadas em breve.

Os beneficiários também consultar pelo Caixa Tem (Android e iOS). A plataforma funciona como uma espécie de conversa pelo WhatsApp. Pelo aplicativo, os usuários podem realizar pagamentos e efetuar transferências bancárias.

Bruno Destéfano

Redator

Nasceu no interior de Goiás e se mudou para a capital, Goiânia, no início de 2015. Seu objetivo era o de cursar Jornalismo na UFG. Desde o fim de sua graduação, já atuou como roteirista, gestor de mídias digitais, assessor de imprensa na Câmara Municipal de Goiânia, redator web, editor de textos e locutor de rádio. Escreveu dois livros, sendo um de ficção e outro de não-ficção. Também recebeu prêmios pela produção de um podcast sobre temas raciais e por seu livro-reportagem “Insurgência – Crônicas de Repressão”. Atualmente, trabalha como redator web no site “Concursos no Brasil” e está participando de uma nova empresa no ramo de marketing digital.

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