Neste inverno, a Itália terá que lidar com o chamado racionamento de energia. No dia 6 de outubro, o ministro da Transição Ecológica, Roberto Cingolani, assinou o Plano de Redução do Consumo de Gás Natural. Esta notícia certamente não pegou de surpresa a opinião pública italiana, ciente, desde o início da guerra na Ucrânia, de ter que lidar com uma contração significativa nas importações de gás.

O que prevê o Plano de Governo?

O plano do Governo prevê a redução de uma hora diária do acendimento dos sistemas de aquecimento para o período de inverno. Ao mesmo tempo, o limite no qual os radiadores podem ser ajustados é de 19°C, 1°C a menos que nas disposições anteriores. Não somente. Face ao ano anterior, o prazo global de arranque dos sistemas de aquecimento foi reduzido em 15 dias, que se iniciará 8 dias após a data inicialmente prevista e terminará 7 dias antes.

Para entender quando vai começar o planejamento da sua residência, pode-se consultar as 6 zonas climáticas em que o país foi dividido. Partimos da Zona A que engloba o Sul e as Ilhas, com as maiores restrições, quer em horas quer em período global, para chegar à Zona F, que se refere ao arco alpino, pelo que, pelo contrário, não existem são algumas limitações. De qualquer forma, também estão excluídos do plano de redução locais como hospitais e lares de idosos, considerados “usuários sensíveis”.

O objetivo da Cingolani é reduzir o consumo em cerca de 5,3 bilhões de metros cúbicos. Destes, 3,2 bilhões devem vir de racionamento de sistemas de aquecimento para residências e escritórios, enquanto 2,1 bilhões devem vir de fontes alternativas.

As verificações nos radiadores começam

Muitos se perguntam como o Estado pode garantir que esses limites impostos sejam realmente respeitados pelos cidadãos. O Governo está a desenvolver uma campanha de comunicação destinada a sensibilizar para o comportamento dos indivíduos. Além disso, a ENEA publicará em breve um manual com as regras e instruções a seguir.

No que diz respeito às verificações que podem ser realizadas, é necessário começar com uma distinção fundamental entre sistemas centralizados e autônomos. Como se adivinha, de facto, no primeiro caso, será possível ao administrador aplicar as regras estabelecidas para os condomínios, permitindo assim um sistema de vigilância muito mais simples por parte das autoridades competentes.

Por outro lado, a possibilidade de controles dentro das residências particulares de quem possui um sistema autônomo certamente parece mais complicada e um tanto improvável. O governo cessante não tem intenção de invadir a privacidade dos cidadãos invadindo para observar o nível do termostato.

Uma medida mais eficaz é a monitorização por amostragem da rede de distribuição do Snam a realizar através da recolha de dados diários, de forma a verificar a adesão dos utentes ao plano de redução do consumo de gás natural.