Ideia é atrelar o passivo bilionário ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), como afirmou o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, em entrevista à Jovem Pan News, nesta quarta-feira, 15

PixabayCédulas de real espalhadas
Estados do Cosud representam 93% do passivo com a união

Os governadores dos Estados das regiões Sul e Sudeste do país, que fazem parte do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), querem que o Ministério da Fazenda adote uma nova fórmula de cálculo para o serviço da dívida com a União. A ideia é atrelar este passivo bilionário ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), como afirmou o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, em entrevista à Jovem Pan News, nesta quarta-feira, 15. Segundo ele a proposta foi apresentada pelo Estado e abraçada pelo Cosud. Desta forma, o serviço da dívida passaria a ser corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acrescido do PIB. Hoje, o cálculo prevê a correção pelo IPCA ou pela Taxa Selic, a que for menor é aplicada. Os Estados do Cosud representam 93% do passivo com a união, algo em torno de R$ 630 bilhões, mas os entes federativos somam cerca de 80% da arrecadação federal, 70% do PIB e mais da metade da população brasileira.

Na avaliação de Castro, a dívida é uma trava para o crescimento do Brasil: “Quando você tem um juros desse. Hoje o Rio e o Brasil pagam um IPCA de 4%, só que você tem um crescimento a 2%, no máximo. Como você não consegue pagar todo ano, o que é serviço da dívida vai virando o principal. A gente brinca que é a boca do jacaré que está aberta e a nossa dívida vai se tornando impagável”. O governador destacou ainda que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como já foi prefeito de São Paulo, entende bem a dificuldade dos entes federativos e está sensível à demanda sobre a fórmula de cálculo da dívida.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga