No primeiro bimestre deste ano, saldo de vagas formais foi de 326.356, abaixo dos 520.549 postos de trabalho com carteira assinada abertos no mesmo período de 2022

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Geração de emprego no Brasil registra queda durante início do governo Lula

A geração de empregos no Brasil caiu 38% no início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nos primeiros dois meses de 2023, foram criadas 326.356 vagas de emprego formal, sendo 84.571 em janeiro e 241.785 em fevereiro. Já no mesmo período do ano passado, sob gestão de Jair Bolsonaro (PL), foram contabilizados 520.549 novos postos de trabalho com carteira assinada, sendo 167.255 do primeiro mês e 353.294 do segundo. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia. De acordo com o levantamento, a soma do saldo de vagas formais em janeiro e fevereiro de 2023 é o resultado mais baixo para os dois primeiros meses do ano desde a reformulação do Caged, em 2020. A comparação considera os dados com ajustes, quando o Ministério do Trabalho registra declarações entregues fora do prazo pelos empregadores e retifica os dados de meses anteriores. A mudança da metodologia não torna possível a comparação com anos anteriores a 2020.

Em relação à criação de empregos em fevereiro deste ano, divulgado nesta quarta-feira, 29, pelo Caged, quatro dos cinco setores pesquisados tiveram saldo positivo. Na liderança aparece o ramo de serviços, com a abertura de 164,2 mil postos de trabalho. Na segunda posição aparece o setor de construção civil, com 40.380 postos abertos. A indústria ocupa a terceira colocação, com a criação de 22.246 empregos com carteira assinada. O nível de emprego também aumentou na agropecuária, com a abertura de 16.284 postos. Por outro lado, o setor do comércio, pressionado pelo fechamento de vagas temporárias típico do início de ano, extinguiu empregos com carteira assinada no mês passado, com o fechamento de 1.325 vagas. O levantamento também aponta que todas as regiões do Brasil tiveram saldo positivo. O Sudeste liderou a abertura de vagas, com 110.575 postos a mais, seguido pelo Sul, com 63.309 postos. Na sequência vem o Centro-Oeste, com 29.959 postos. O Nordeste abriu 23.164 postos de trabalho. O Norte, depois de dois meses consecutivos com fechamento de empregos formais, desta vez criou 12.456 vagas formais no mês passado. Inclusive, em fevereiro, todas as unidades da Federação computaram saldo positivo. São Paulo liderou o ranking com a abertura de 65.356 postos. A lista segue com Minas Gerais, que criou 26.983, e Paraná, com mais 24.081 empregos formais. Já os menores aumentos ocorreram no Amapá, que abriu apenas 139 postos, Alagoas, com mais 160, e Roraima, que registrou 220 novos empregos com carteira assinada.